A lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) não afeta apenas atletas profissionais. Cada vez mais, adolescentes estão sofrendo esse tipo de lesão — especialmente aqueles que praticam esportes com movimentos bruscos, como futebol, vôlei ou basquete.
Neste artigo, o Dr. Artur Costa explica o que os pais precisam saber para identificar os sinais da lesão, entender o tratamento e garantir a melhor recuperação possível para seus filhos.
Por que adolescentes também rompem o LCA?
Durante a adolescência, o corpo passa por diversas transformações. Ossos, músculos e articulações ainda estão em fase de desenvolvimento, o que pode aumentar o risco de lesões, principalmente quando há uma rotina intensa de treinos ou competições esportivas.
A falta de fortalecimento muscular, o desequilíbrio entre o crescimento ósseo e o controle motor, além de técnicas inadequadas em alguns esportes, também contribuem para o risco aumentado de lesões de LCA nessa faixa etária.
Como identificar a lesão?
Os principais sinais de uma possível lesão do LCA em adolescentes são:
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Estalo no joelho no momento da torção
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Dor imediata e inchaço nas primeiras horas
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Sensação de falseio ou instabilidade ao apoiar o pé
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Dificuldade para esticar ou dobrar o joelho
Caso seu filho apresente esses sintomas após uma atividade física, é essencial procurar um especialista em ortopedia para avaliação detalhada.
O tratamento em adolescentes é diferente?
Sim. Em adolescentes com crescimento ósseo ainda em andamento, o tratamento cirúrgico exige atenção especial. Isso porque as placas de crescimento dos ossos (fises) ainda não estão completamente fechadas, e a cirurgia precisa respeitar essa anatomia para evitar impactos no desenvolvimento.
Em alguns casos, quando a instabilidade não é muito intensa e o adolescente ainda tem muito crescimento pela frente, pode-se iniciar com um tratamento conservador. Mas, na maioria das vezes, a cirurgia é recomendada para evitar novos episódios de instabilidade e preservar a saúde do joelho no futuro.
Como é a recuperação?
A reabilitação após a cirurgia é cuidadosa e exige disciplina. A fisioterapia é fundamental para:
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Controlar o inchaço e a dor
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Recuperar a mobilidade do joelho
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Reforçar a musculatura da perna
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Retornar com segurança às atividades esportivas
O retorno ao esporte pode levar de 9 a 12 meses, dependendo da evolução individual e do comprometimento com a fisioterapia.
Cuidar agora é proteger o futuro do seu filho
Quanto antes a lesão for diagnosticada e tratada, maiores são as chances de uma recuperação completa. Ignorar os sintomas pode levar a danos maiores no joelho, como lesões de menisco e artrose precoce.
Se seu filho ou filha sofreu uma torção no joelho, agende uma consulta com o Dr. Artur Costa para uma avaliação detalhada. Cuidar da saúde hoje é garantir liberdade de movimento no futuro.